Fiz a escolaridade primária, actual 1.º ciclo, numa escola da Igreja Evangélica Metodista do Mirante, no Porto. Não sendo praticantes de nenhuma religião, os meus pais acreditariam, certamente, na existência de um Criador e da respectiva coorte de anjos e santos. Além disso, havia, de facto, do meu lado paterno, uma relação antiga, mas intermitente, com o protestantismo, e, opositor (discreto, como se impunha) ao regime fascista, o meu pai sempre me mostrou antipatia para com a Igreja Católica, as suas liturgias e os seus ministros – tudo isso muito conotado com o regime. Ainda hoje conservo, contudo, uma memória contraditória da minha avó paterna, a Avó Júlia, que, talvez pelas 6 horas da tarde, sentada numa poltrona da sala do apartamento onde vivia então com a filha viúva, minha Tia Isabel, numa urbanização acabada de construir, em Pereiró, ouvia religiosamente (o advérbio não podia ser mais adequado) a missa transmitida pela rádio. Não havendo transmissão radiofónica do culto evangélico, a missa católica supria perfeitamente tal falta, e, afinal, uns e outros se reclamavam da mesma divindade, para além de a rádio não consentir a visualização de imagens susceptíveis de ofender o ascetismo iconoclasta das Igrejas reformadas.
Numa sala onde cabiam quatro (ou só três?) filas de carteiras alinhadas a partir do estrado onde ficava a secretária da saudosa D. Sofia, conviviam pacificamente as quatro classes de então, uma em cada fila (talvez com excepção das 1.ª e 2.ª classes).
No primeiro dia de aulas, levado pelo meu pai, fiquei maravilhado com aquele mini-universo onde havia um ábaco, um armário com pesos e medidas, um enorme quadro de lousa com coisas escritas, tinteiros incrustados nas carteiras, mapas enormes de Portugal d’Aquém e d’Além-Mar, as fotografias de dois senhores que deviam ser muito importantes e que, mais tarde, o meu pai me disse serem de um tal Salazar e de um Craveiro Lopes – com uma cruz entre ambos. Ia ter ali muitos amigos com quem brincar, e fiquei logo sentado ao lado do Coimbra, cujo nome, mais tarde, eu grafaria Quimbra, o que me valeu a mofa dos outros e branda repreensão da D. Sofia. Mas, no segundo dia, desatei num choro irreprimível, quando me vi, de novo, entregue àquela chusma de gaiatada que não conhecia de lado nenhum e compreendi que, dali em diante, a minha vida passaria a ser aquela, a maior parte do tempo.
Uma vez por semana, tínhamos a aula dominical, com um adulto que nos lia e comentava versículos da Bíblia, no rés-do-chão do templo (o culto era celebrado no andar superior). Não era pastor; seria algum fiel mais conhecedor do texto sagrado e com presumível aptidão pedagógica. Talvez me venha daí o gosto pela hermenêutica. À 2.ª feira, era o Reverendo Irineu quem vinha pôr-nos a orar e pronunciava uma breve homilia edificante, já depois de a D. Sofia nos ter passado em revista as unhas e perguntado se, todos, tínhamos tomado o banho semanal – prova insofismável de que, nos anos cinquenta do século XX, Portugal deixara definitivamente a Idade Média para trás. Só bastante mais tarde, já rapazote, frequentei ocasionalmente o culto dominical, onde pontificava o Reverendo Aspey, britânico de porte garboso a que os fiéis chamavam Reverendo Aspro, o que o levou, certa vez, a brincar em pleno culto: «Chamam-me Reverendo Aspro porque Aspro faz bem! (Para quem não conhece, Aspro era uma aspirina muito publicitada naquela altura).
Voltando à aula dominical, versão evangélica da catequese católica, ou da madraça islâmica (alguém me ensina o equivalente hebraico?), aquelas histórias bíblicas que, mais tarde, se me afiguraram estapafúrdias constituíam para todos nós – crianças de 7, 8, 9, 10 anos – contos maravilhosos de que nos sentíamos quase actores ou, pelo menos, espectadores atentos e desejosos de participar na acção. Por muito que a proeza da Criação em sete dias, a desobediência de Adão e Eva no Éden, o dilúvio universal e a arca de Noé, a Torre de Babel e tudo o mais nos fosse apresentado como algo de verdadeiro, tão verdadeiro como o que aprendíamos sobre a História de Portugal – dinastias, reis e respectivo cognomes, batalhas bravuras, descobrimentos, defenestrações e cercos – o que nos enchia o espírito infantil era o maravilhoso de tudo aquilo. E esse maravilhoso, por muito que se esforçassem por nos fazer crer algo diferente, não era nada mais do que o maravilhoso igualmente presente nos contos infantis que todos conhecíamos e que ainda hoje não só fazem as delícias das crianças como constituem um poderoso estímulo ao seu desenvolvimento harmonioso. Eva, Inês de Castro e a Gata Borralheira não passavam de metamorfoses de um mesmo ser mítico, intangível e, no entanto, próximo de nós, para que mais tarde, muito mais tarde, o pudéssemos ter sempre na nossa imaginação e com isso nos encantarmos.
Já no Liceu, foi na literatura que o maravilhoso emergiu com pujança, em obras tão diversas quanto as Barcas vicentinas, a Epopeia de Camões[1] as Lendas de Herculano, as narrativas de Garrett, de Eça, etc., etc., etc. Mas, pela mesma altura e durante os anos seguintes, foram muitos outros, nacionais e estrangeiros, que puseram na previsível rota do quotidiano o atalho do desconhecido, da descoberta, do encantamento. E isto não só na literatura propriamente dita, mas igualmente nas obras de divulgação científica.
Pelos meus dezasseis anos, veio ao Porto um pregador evangélico chamado Samuel Doctorian. Tinha fama de ser um grande orador, pelo que lhe destinaram um salão de razoável tamanho existente na ACM (Associação Cristã da Mocidade, na Rua José Falcão). O salão estava a abarrotar, e a pregação era intervalada, a curtos espaços, pela intervenção duma intérprete que vertia em português corrente um discurso inflamado em inglês paroquial. Para além destas duas vozes, apenas um silêncio vagamente suspirante de homens e mulheres prestes a entrar em transe a qualquer momento, tantos e tão vibrantes eram os paroxismos do pregador. Até o meu Primo Luís e mais um ou outro amigo, ali, ao meu lado, exibiam um ar de beatífica comunhão com o divino, o que logo induziu no meu espírito jovem uma dolorosa dúvida e um esforço tenaz para os acompanhar: «Meu Deus, por que razão não sinto a Tua presença em mim? Por que motivo, quando todos, aqui, vibram com a palavra do pregador, eu não me sinto tocado, nem consigo compreender que energia é aquela que os move e que não sinto percorrer-me?» Na falta de uma resposta, ainda cismei algum tempo na hipótese de ter um enigmático defeito causador de tão angustiante incapacidade. O sentimento de culpa durou pouco, até porque, pela mesma altura, todos tínhamos, ou aspirávamos a ter, outras divindades – essas, literalmente palpáveis – mas fiquei a saber o que era a fé e o que era não tê-la. Eu não a tinha. Todos os outros, aparentemente, a tinham. Ora a fé é outra das dimensões do maravilhoso. Que maior conforto para toda aquela gente do que, por via de um sermão enfático, emotivo e tonitruante, ver reforçada a sua crença inabalável na existência do Pai do Céu, na vida eterna e por aí adiante?
O maravilhoso é o desconhecido, é o fantástico, é o mito[2], seja ele de que natureza for, e o mito transporta-nos invariavelmente para um espaço distinto daquele que nos é mais familiar, um espaço sagrado, e um tempo cíclico, renovável e revisitável. Este espaço e este tempo afastam-nos por minutos ou horas das dimensões que nos são mais familiares e que estão associadas às tarefas repetitivas do quotidiano. Daí o próprio acto da leitura, que nos “transporta” para um espaço e um tempo diferentes, poder ser uma forma degradada de mitologia (Eliade). Por mais realistas e materialistas (acepção filosófica) que sejamos, o maravilhoso acomete-nos, concede-nos a trégua de que carecemos para prosseguir na tarefa de empurrar a rocha encosta acima. Não que ela resvale de imediato, como a de Sísifo, herói trágico porque tem consciência do absurdo da sua situação (Camus). A nossa rocha do quotidiano vai galgando a vertente até cada vez mais alto, mas é penoso o nosso esforço, e é ao maravilhoso que vamos buscar a força de que carecemos para prosseguir.
Daí também o maravilhoso do encontro. Do encontro com alguém, um amigo ou uma amiga, que nos cinge num abraço e como que nos duplica. Esse alguém transporta-nos para uma dimensão que não será uma das onze da teoria das cordas, mas que está fora do espaço-tempo. É quando o mito se funde na realidade e a sombra falece na luz.
Daí, enfim, a vitalidade das artes. Daí o poder da religião. E o da utopia. E o da amizade. E o do amor.
[1] Quando se fala de maravilhoso n’Os Lusíadas, é costume distinguir-se o maravilhoso pagão do maravilhoso cristão e é ainda possível falar-se de maravilhoso científico e, talvez, de outros tipos. O assunto é amplamente tratado por Jacinto do Prado Coelho num artigo do Dicionário de Literatura. O meu foco é evidenciar a importância de qualquer tipo de maravilhoso na vida de todos nós.
[2] A utopia também, mas a utopia tem, muitas vezes, pernas para andar, isto é, acaba por se concretizar. Ao concretizar-se, perde o estatuto de maravilhoso, ainda que possa ser maravilhosa.
Tendo por hábito só postar coisas sobre assuntos tipo “aquela” guerra e outros que nem ao menino Jesus interessam (para mais, com um desesperante apego à gramática normativa, acho eu!) – resolvi mandar um bitaite que, tendo algo a ver com a Jenni e o Rubiales, tem sobretudo a ver com a faena.
Quanto ao beijo, já tudo foi dito. Os vídeos ilustram tudo e mais alguma coisa. Só falta convocar o Conselho de Segurança da ONU e decretar que todo e qualquer toque entre nacionais de membros das United Nations cujo consentimento não seja atestado por certidão notarial implicará sanções contra o Estado em causa.
Encerrada a magna questão do beijo (as televisões já o recuperarão), vamos agora a duas outras: a da gestualidade genital do Senhor Rubiales e a da faena.
Quanto à primeira, o que parece ter incomodado alguns comentadores foi o facto de o dito Senhor ter garbosamente empunhado os atributos mais óbvios da sua masculinidade a escassa distância da Rainha Letícia – crime (de lesa-majestade), disse ela (ou disseram eles). Chato, como sabe que sou quem me conhece, foi aí que eu me senti vítima de agressão sexual. Coitado, que sensível que ele é! – dirão alguns dos meus leitores mais lúcidos e acostumados à feição patriarcal da nossa sociedade. Pois é verdade: reconheço que estes gestos demonstrativos dos instintos mais básicos e naturais de qualquer espécie animal me incomodam. Não é o sexo que me incomoda, por amor de Deus! Estou-me nas tintas! O que me incomoda é a exibição daquilo que está muito bem situado lá no sítio que Deus entendeu ser o mais adequado, e que o nosso Pai Adão teve de ocultar com uma folha já não sei bem de quê (os especialistas têm versões contraditórias sobre a espécie vegetal. Cá para mim, ele e a Eva devem é ter envergado uma burqa, só que a Igreja não o quer assumir, por razões óbvias). Mas, que raio! Aquele gesto boçal indicia que o Senhor Presidente lá daquela agremiação futebolística só entende a manifestação de júbilo através da impudicícia, o que é sinal de indesmentível primarismo. Ora primarismo e boçalidade não são incómodos e inconvenientes só para reis e rainhas; também o são para pessoas sensíveis, como é o meu caso e, tenho a certeza, para muitas outras pessoas padecentes da minha fragilidade estrutural.
Agora, para terminar – que isto já vai um pouco longo e (como de costume) ninguém vai ler – a faena. Pois não é no mesmo país que mantém a magnífica tradição da corrida de touros, não é neste mesmo país de agressão brutal a animais pouco menos do que indefesos, dados em espectáculo a um público que assim é exposto a uma cultura de violência e crueldade banalizadas e tornadas transponíveis para todos os sectores da vida social que, depois, se persegue um energúmeno por ter roçado os lábios pelos de uma mulher? Bem sei que todos nós já vimos equipados, à partida, com o nosso cerebrozinho reptiliano, herdado da horda primitiva, quando era preciso matar para sobreviver. Mas isso já foi há algum tempo. Hoje em dia, bastar-nos-iam coisas tão comezinhas como a competição, as leis do mercado, etc. e tal, para alimentar o tal cerebrozinho.
Na faena (não, não me refiro às trivialidades que acabei e mencionar), os terríveis quadrúpedes são bandarilhados, driblados, sangrados até às vascas do estertor, para gáudio de espectadores enlevados com a galhardia, a coragem, a virilidade de toureiros, cavaleiros e forcados. Nesse momento, o toureiro – olé! – espeta-lhe a espada no cachaço, golpe dito de graça, que redime (?) o espectáculo. Assim mostra o pecador, no confessionário, arrependimento pelos pecados já praticados, na certeza de que lá voltará, em breve.
Ao Rubiales, por um beijo nos lábios, diante de tanta gente, dois Padres-nossos, uma ave-maria, e que vá com Deus.
Li, há dias, dois «opúsculos blasfemos» chamados A Arte de Não Acreditar em Nada, e Livro dos Três Impostores, editados em conjunto pela Antígona. O primeiro data da segunda metade do século XVI e “levou o seu autor, Geoffroy Vallée, em 1574, a ser enforcado em praça pública e queimado ainda vivo» (reproduzo aqui o texto da badana), partilhando assim a sorte de Giordano Bruno, sorte essa a que Copérnico e Galileu escaparam por pouco; o segundo, de autor anónimo, é anterior, provavelmente medieval, e chegou-nos em duas versões algo distintas, uma do século XVII e outra do século XVIII. Estes impostores são «um pastor (Moisés), um curandeiro (Jesus) e um cameleiro (Maomé)», violentamente invectivados e desmitificados, numa Idade Média que suporíamos ao abrigo de tal despautério…
Sabemos que o catolicismo feudal foi progressivamente posto à prova pela heresia protestante da burguesia ascendente, mas aquilo que a Reforma comportou de positivo, em termos de mitigação dos excessos, da corrupção e do obscurantismo da Igreja de Roma não chega para a indultar. Aliás, ao assumir a defesa intransigente dos príncipes alemães na luta que os camponeses travaram contra eles, na primeira metade do século XVI, e dando os últimos como merecedores da morte “em corpo e alma” (1), Lutero não se revela propriamente um grande exemplo de caridade cristã. O que também não é de estranhar: ele mais não faz do que seguir o ensinamento de Paulo, que nos insta a respeitar e a temer as “potestades” (autoridades), «porque o príncipe é ministro de Deus para bem teu. Mas se obrares mal, teme; porque não é debalde que ele traz a espada. Porquanto ele é ministro de Deus, vingador em ira contra aquele que obra mal.» (Epístola aos Romanos XIII, 1-4). Por acréscimo, o autor das teses de ԝittenberg, cinde o homem em dois, o “interior” e o “exterior”, maneira expedita de justificar todas as desigualdades, pois estava criada uma “moral dupla”, com “a liberdade adstrita à esfera ‘interior’ da pessoa” (Marcuse). Mas, para não nos ficarmos pelos prosélitos, não é o próprio fundador do cristianismo quem exorta aqueles que o quiserem seguir a “aborrecer” pai, mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e a própria vida (Lucas, XIV, 26)? A expressão “caridade cristã” talvez devesse ser usada como exemplo de oxímoro, e, quanto a bondade, adesão à verdade e à realidade, progressismo, etc., de católicos e de protestantes (2), estamos conversados, o mesmo se podendo dizer das outras religiões do Livro. Curandeiro, pastor e cameleiro, como é comum entre impostores, foram altamente eficazes na inculcação das suas mensagens.
(1) Martín Lutero, «Contra las hordas ladronas y asesinas de los campesinos», 1525
(2) Veja-se o comportamento actual das diferentes Igrejas, capelas e seitas protestantes, nomeadamente nos USA e no Brasil,
Contrariamente a mim, que sou da área das Letras, mas fascinado pela Ciência, particularmente pela Cosmologia, há pessoas no fb que sabem do que falam – José M F Costa, por exemplo – razão pela qual me atrevo a dar aqui conta de algumas dúvidas que tenho. Se alguém tiver alguma disponibilidade para colmatar a minha ignorância, aqui fica, desde já, a expressão da minha gratidão.
Tenho lido algumas obras de divulgação científica (Atkins, Hawking, Kaku) que me deixam perplexo, no sentido de encantado com a maravilha que é o Universo. Se coisas como a gravidade não ser propriamente uma força, mas o efeito provocado pela curvatura do espaço-tempo na proximidade de objectos com massas enormes, são coisas que ainda estão ao meu alcance, já outras, que passo a enumerar, são (ainda) mais difíceis de entender:
Quando se fala de expansão contínua e acelerada do Universo tem de se supor que ele se expande para algum lado. Esse “lado” não é ainda Universo? Porque, se não existisse espaço para onde o Universo pudesse expandir-se, como poderia ele expandir-se? Julgo saber que o Peter Atkins, pelo menos, defende a ideia do nada absoluto, antes do big bang, mas
Se a partícula ínfima e de densidade infinita que deu origem à explosão inicial pôde expandir-se rapidamente, expandiu-se por ter espaço para onde se expandir. Em qualquer caso, a ideia de um Universo, pré ou pós-big bang, finito afigura-se-me estranha: a ideia de uma espécie de parede ou de uma esfera fechada é de difícil compreensão, porque, por detrás de um “limite”, há sempre algo e mais algo e mais algo. Daí me parecer mais fácil de entender (o que não significa necessariamente ser verdadeira) a teoria de um Universo sem princípio nem fim, ainda que em constante evolução, ou a teoria do multiverso, esta relacionada com os buracos negros.
A teoria das cordas também é complicada, mas aquele exemplo do universo bidimensional do peixe é convincente: o peixe está num aquário tão estreito que só lá consegue mover-se em comprimento e em largura; o aquário não tem altura suficiente para o peixe subir e descer. Para esse peixe, o universo só tem duas dimensões; nós conhecemos três dimensões espaciais mais o tempo, quatro; poderá haver outras, em relação às quais estamos em situação semelhante à do peixe?
A teoria quântica, essa sim, pelo que pude ler em Michio Kaku, afigura-se-me, pelo menos no particular da não existência do não observado e da existência em todos os estados, como algo que lembra o idealismo filosófico de Berkeley: «Se uma árvore cair numa floresta, mas não estiver lá ninguém para a ver cair, então, na realidade, ela não caiu […]. Antes de ser feita uma observação, não se sabe se ela caiu ou não. De facto, a árvore existe simultaneamente em todos os estados possíveis: pode arder, cair, ser cortada para lenha, ser serrada, etc. Logo que é feita uma observação, a árvore adquire subitamente um estado definido e vemos, por exemplo, que ela caiu.» (Kaku, Mundos Paralelos, p. 171) Parece brincadeira. Felizmente, nem tudo é assim (suponho eu) na física quântica.
(5. Brincadeira por brincadeira, o beijo do Rubiales só existiu porque foi observado. Azar dele.)