Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo Salgado
A portugalidade está em queda livre, com a invasão de imigrantes. Eles são os causadores da insegurança crescente nas nossas ruas e praças, resultado da falta de incentivo às forças policiais para disparar. Se dúvidas houvera, aí estão as chamadas de atenção comuns ao grupo parlamentar dos cinquenta e ao Senhor Primeiro Ministro, com uma nuance: para o primeiro, Portugal já foi seguro, noutros tempos; o PM concede que ainda o é, mas necessita de o ser mais.
No meio desta situação atribulada, a imoralidade do aumento dos vencimentos dos deputados só veio comprovar que vivemos numa bandalheira a precisar de barrela, objectivo que o grupo dos cinquenta já começou a implementar, pondo a roupa a secar à janela, na chamada Casa da Democracia – eufemismo que traveste a triste realidade do que não passa de uma casa de alternância dita democrática. Uma vergonha!
Ora esta deplorável situação tem remédio. As calamidades só acontecem quando nos entregamos ao deboche e nos esquecemos de invocar a tão necessária intercessão junto do Pai ou, no mínimo, as figuras gradas da portugalidade. Assim foi em 1580, quando o nosso querido Rei se finou em terras do torpe ismaelita que agora nos invade novamente; assim foi em 1755, quando a Terra tremeu mais do que é habitual; assim foi em 1974 e seguintes, quando à ordem e ao respeito sucederam os desmandos do PREC. Em todos estes casos, como bem sabemos, a intervenção do Pai não nos foi favorável, pois os nossos pecados eram equiparáveis, em gravidade, aos de Sodoma e Gomorra, pelo que Ele optou pela estratégia de cortar o mal pela raiz, conforme consta daquele Livro antigo que todos conhecemos.
Não queremos que tal volte a acontecer, mas sabemos bem quão fraca é a carne e quão sujeitos ao pecado somos – quase todos, já que não há regra sem excepção e o bife está pelos olhos da cara. Posto isto, e excluída, por improvável, a hipótese de qualquer regresso em manhã de nevoeiro, temos a felicidade de poder eleger como Salvador alguém que encarna o melhor da alma nacional e que deu provas bastas de ser capaz de combater eficazmente as infecções do tracto respiratório, as incursões de naves russas nas águas do nosso domínio marítimo, a desobediência de marinheiros medrosos, e que, destarte, nos servirá como o Pai, um Pai autêntico, virtuoso, educador e protector, detentor de uma autoridade imaculada e investido da dignidade de um Santo. Na ocorrência, um Pai Almirante. Se a memória me não trai, tal não acontecia desde a última vez que aconteceu, e a última vez que aconteceu foi com um Senhor que não era bem Almirante, mas quase, e que dizia coisas dignas de um pensador.
Para heróis do mar e da alta finança, nada melhor do que um Pai Oficial general da Marinha.
O que faz falta é alguém que ponha o país na ordem e nos livre do mal. Amém.
Bendito seja Deus! E o Pai Almirante!